julho 02, 2008

Quando nem Freud explica... (quem o faz ??)


Há alguns meses estou com esse livro, que eleji ser de cabeceira.
Sou assim, elejo e pronto, lá vou eu com o livro pra todos os lugares em que trabalho e/ou me distraio. Nos intervalos, quando eles ocorrem, eu abro uma página e leio.
Para isso, esse (e todos) são perfeitos.

É um livro inusitado, mistura poesia com psicanálise e (re)constroi, elabora muitas vezes do quase nada, algo insólito e justo, como a poesia e a psicanálise fazem sempre tão bem!

Teve a organização de Ulisses Tavares.
Por isso deve ter muito dele, pois acredito que se escolhe o que se é, ou se deseja ser.
Achei os fragmentos de poemas que ele escolheu muito interessantes e não raro me surpreendo com o que alguns deles suscitou e continua suscitando em mim!
Aliás, algumas das funções da poesia são justamente essas: instigar, implicar, provocar...
E eu gosto disso...(e de provocar também!). Recomendo!


Adulto

Aprendi a ser adulto,
E deste crime
Tenho a recompensa trágica
De andar sendo seguido pela sombra
Do menino de mim assassinado

Álvaro Alves de Faria "Noturno Maior"

São dele essas duas frases que dão a dimensão pra mim da responsabilidade e da felicidade de ser escritor, e fazer dessa arte um ofício e uma meta!


"Escritor não tem autoridade nem poder para mudar o mundo, só seu próprio mundo.
Mas quando ele acerta a mão, acaba mudando
o mundo inteiro. "

"Escrever é bom, mas viver é melhor. Como nunca aprendi a
viver plenamente, escrevo até o que não vivo."

Ulisses Tavares

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