outubro 28, 2009


No curso que estou fazendo no IPUSP entro em contato direto com essa realidade, que vem mexendo de uma forma muito forte comigo!
É verdade sim, que a família, como a conhecíamos mudou e suas novas configurações tem sido muito afetadas pelo preconceito, modificando ainda mais a situação e gerando outros fatores de rejeição por juizes e promotores.
Tenho dúvidas se, em muitos casos, o melhor para a criança é voltar para casa, ao convívio com pais e ou mães viciados em crack e outras drogas, bastante debilitados tanto física quanto emocionalmente.
O abrigo tem sido a solução intermediária encontrada e muitas vezes essas crianças ficavam mesmo abrigadas até os 18 anos. Agora com as novas leis, isso não será possível mais, pelo menos teoricamente, o abrigo será apenas um local de passagem, o que obrigará o judiciário a ser mais agil.
Condições para isso também tem que ser encontradas, bem como o fortalecimento das novas alternativas que estão surgindo, como por exemplo, a família acolhedora, que já está sendo implantada em muitas cidades perto daqui onde moro. São famílias comuns, treinadas e que recebem do governo uma ajuda de custo para ficar com essas crianças e jovens até que a família os possa ter de volta ou então até que eles possam cuidar de si sozinhos. Muitos projetos existem, mas esbarram sempre em tantas coisas que nem sei ....E ainda tem os órfãos da AIDS que aumentam a cada dia! E ninguém fala quase nisso!!
Eu sonho com o dia em que a criança ou adolescente, em qualquer situação de risco possa efetetivamente cuidada e amada!

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